A atividade é um primeiro debate sobre os direitos animais na
política e lançamento de um núcleo do PSOL.
Palestrantes:
Caetano Sordi, Doutorando em Antropologia pela UFRGS e membro do grupo de pesquisa Espelho Animal: antropologia das Relações entre Humanos e Animais.
Caetano Sordi, Doutorando em Antropologia pela UFRGS e membro do grupo de pesquisa Espelho Animal: antropologia das Relações entre Humanos e Animais.
Eliane Carmanim Lima, psicóloga e
cientista social com mestrado em sociologia pela UFRGS, ativista e
pesquisadora da temática dos direitos animais.
Matheus Mazzilli Pereira, Bacharel em
ciências sociais, mestre e doutorando em sociologia pela UFRGS. Pesquisador da
temática da ação coletiva e dos movimentos sociais
Data: 03/07/2014
Horário: 19: 30 às 21:30
Local: Plenarinho da Assembleia Legislativa
Horário: 19: 30 às 21:30
Local: Plenarinho da Assembleia Legislativa
A LIBERTAÇÃO ANIMAL
NA AGENDA POLÍTICA, debate e lançamento do núcleo antiespecista do PSOL.
Nos últimos anos observamos um
crescente interesse na defesa dos direitos animais. Isto se observa em
manifestos e protestos frequentes exigindo o fim da crueldade animal ou mesmo a
libertação animal. Um exemplo de grande repercussão foram os protestos contra a
crueldade animal em outubro de 2013 em São Roque, São Paulo, quando ativistas
libertaram mais de 200 animais usados como cobaias, culminando com o fechamento
do Instituto.
Como os demais movimentos este
ativismo é plural e nesta pauta vamos encontrar grupos que defendem o fim da
crueldade de alguns animais como cães, gatos, cavalos e outros animais de maior
apelo social, mas encontramos também o
ativismo mais radical que prega o fim da exploração animal e a libertação
animal.
Esta causa materializa-se em
políticas públicas no Brasil e no exterior e parlamentares começam a serem
eleitos com a bandeira da defesa dos animais, secretarias municipais são criadas
com o objetivo de defender animais e criam-se frentes estaduais e federal de
defesa animal.
Na legislação brasileira a defesa dos
animais existe desde 1945 com um decreto de Getúlio Vargas. Na Constituição de
1988 a crueldade com animais é contemplada como proibição e em 1998 passa a figurar
como crime ambiental. Nos últimos anos observam-se cada vez mais leis proibindo
a crueldade e uso de animais em diversas atividades. Desta forma circos com
animais têm sido proibidos em vários estados e cidades, e o mesmo dizer dos
rodeios que têm sido proibidos em vários municípios brasileiros. Mesmo algumas tradições
regionais como a Farra do Boi e rinha de galos foram proibidas na legislação
brasileira, mostrando o avanço da defesa dos animais.
Ainda na política a pauta de defesa
de direitos animais tem propiciado a criação de partidos políticos com o
objetivo exclusivo de defenderem animais. Atualmente podemos encontrar partidos
políticos na Alemanha, Holanda, Canadá, Espanha, Reino Unido, Inglaterra, Portugal,
Austrália, Dinamarca, Estados Unidos, Suécia e na Itália há dois partidos
animalistas. Este ano criou-se mais um partido europeu dedicado à causa animal
que inclui Chipre na lista dos países europeus com partidos voltados à defesa
animal. No Brasil há atualmente um movimento de construção de um partido
animal, e é no PSOL que vamos encontrar o primeiro partido político oficialmente
envolvendo a pauta de defesa dos direitos animais num dos núcleos que será dedicado
à defesa dos direitos animais.
No PSOL a defesa dos direitos animais
materializou-se na criação de um núcleo chamado “Núcleo Antiespecismo”. O especismo define-se pela discriminação
arbitrária daqueles que não pertencem a uma determinada espécie. O especismo é,
assim, o preconceito ou a atitude tendenciosa de alguém em favor dos interesses
de membros de sua própria espécie ou de algumas espécies em detrimento de
outras. O termo foi utilizado pela primeira vez pelo psicólogo britânico
Richard Ryder ao posicionar-se contrário ao uso de animais em 1970. Posteriormente o termo foi incorporado nas
obras de conhecidos autores da defesa animal como Peter Singer e Gary
Francione. O termo foi popularizado no filme Terráqueos numa interessante
analogia do especismo com racismo e sexismo. Ao proporem um núcleo
antiespecista os ativistas da causa pretendem ampliar o leque de defesas e
mesmo direitos para além da comunidade humana.
No PSOL a criação do núcleo parte da
iniciativa de Eliane Carmanim Lima, ativista da causa animal que traz o tema
para reflexão aos demais filiados não envolvidos na causa e como proposta de
pauta política para os futuros candidatos, em especial para os candidatos do
governo do estado e presidência. O lançamento do núcleo antiespecismo se dará nesta
quinta-feira dia 3 de julho, na Assembleia Legislativa de Porto Alegre, num
debate com cientistas sociais que se dedicam a este tema. O debate também inova
nos palestrantes, porque usualmente vamos encontrar filósofos ou advogados
encabeçando debates e obras sobre o tema. No debate os especialistas abordarão
o tema da Libertação animal na agenda política trazendo a pauta da libertação
animal para a política.
Interessados em participar do núcleo em Porto Alegre podem contatar Eliane Carmanim Lima pelo email : eliane.veggie@gmail.com ou no Facebook:
e
Twitter : @elianeveggie
O núcleo é aberto a não filiados que
tenham o mesmo interesse
Endereço do núcleo no Facebook:
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